E então, aconteceu. Eu cedi. No meio da pressão silenciosa para “existir” online, entre um gole de café e outro, eu caí. Criei uma porra de um Instagram. Mais uma coleira digital, era só o que faltava. Tá aí o link, para quem tiver estômago:
A ideia toda me revira as tripas, sabe? O Facebook já é um fardo, agora tenho que lidar com o desfile de vidas perfeitas e sorrisos de comercial de margarina. É um vício estranho, observar essa gente toda fingindo que é feliz. E eu no meio disso, um escritor. Que diabos eu vou postar? A angústia da página em branco? Minha cara de ressaca? Conteúdo de altíssimo valor, sem dúvida.
Mas dizem que é preciso.
“Expandir o universo”.
Que piada. No fim das contas, é um sacrifício, uma pequena parte da alma vendida em troca de alcance. Um mal necessário para que, no meio de tanta futilidade, alguém pare e leia um conto. É um novo campo de batalha onde as armas são hashtags, e eu me recuso a perder por W.O. Então, sim,
“nosso universo se expande mais e com mais força 💪”.
Me sigam lá nesse hospício. Ou não. A escolha, como sempre, é de vocês.
Referências:
- Build Book Buzz: “Why Do Authors Need to Use Social Media? Here Are 4 Good Reasons.”
- The Creative Penn: “How To Use Instagram For Authors And Writers.”
- Forbes: “Why Every Author Should Be On Instagram (And How To Use It)”
- Jane Friedman: “A Writer’s Guide to Instagram”
- The New York Times: “How Crying on TikTok Sells Books”
- Writer’s Digest: “The Author’s Guide to Using Instagram Stories Effectively”