O sol do Rio queimava como brasa. Terça-feira, três da tarde. O suor escorria pelas minhas costas enquanto eu amarrava os tênis. Relatório de merda pra entregar até sexta. Desde janeiro o médico enchia meu saco sobre exercício. “Vai morrer cedo, Robert”, ele disse. Como se isso importasse.
O trabalho tinha essa política nova. “Bem-estar”. Que piada. Mas pelo menos podia correr na praia durante o expediente. Menos atestados, mais lucro. O capitalismo sempre encontra um jeito.
O elevador desceu rangendo. Cheirava a óleo velho e desinfetante barato. Quando parou no décimo quinto, ela entrou. Camila, do setor financeiro. Top rosa fluorescente e legging preta. O tipo de mulher que faz você esquecer seu próprio nome.
“Também vai correr? Dia lindo lá fora. Seria um crime ficar preso nesse prédio.”
Sorriu. Dentes brancos demais. Perfeitos demais. Tentei não olhar para suas coxas. Preferia quando usava aquelas saias justas no escritório. Mas quem sou eu pra reclamar?
“Preciso mesmo de uma pausa. Mas em uma hora volto pra mesa.”
“Que pena”, suspirou. Sua mão tocou meu cotovelo quando apertou o botão.
Está dando em cima de mim? Impossível. Camila sempre foi reservada, profissional. Não, Robert, você está imaginando coisas. Ela nunca olharia duas vezes para um cara como você. Você não é especial. Você é apenas mais um.
No elevador, ela balançava de um pé para outro. Quando a porta abriu na garagem, bateu no meu ombro.
“Aproveita a corrida!”
“Você também!”
A mão dela ficou ali um segundo a mais. Ou foi só impressão minha? Caralho, eu precisava de um whisky.
Corri pela orla de Copacabana. O mar estava cinza, agitado. Como minha cabeça. Turistas de pele vermelha se amontoavam na areia. Vendedores gritavam. “Mate! Biscoito! Cerveja!”. O Rio de Janeiro não é para amadores.
Depois da corrida, desci para o subsolo do prédio. Os chuveiros eram uma merda. Azulejos amarelados com mofo nos cantos. Lembrava o vestiário do colégio onde treinei quando moleque. Mas era melhor que voltar fedendo a suor.
No meio do banho, ouvi alguém entrar. Continuei ensaboando. Então vi. Quase engasguei.
Camila. Na entrada do chuveiro. Uma toalha branca na cintura. Peitos de fora.
Ela sorriu: “Oi!”
“O-oi”, gaguejei como um adolescente. Sangue subindo para o rosto. “Eu… entrei no banheiro feminino? Desculpa…”
Virei para sair, envergonhado pra caralho.
“Não, Robert. Você está exatamente onde deveria estar. Se importa se eu tomar banho? Estou toda suada.”
“N-não, claro que não.”
Meus olhos percorreram o corpo dela. Magra, atlética. A toalha mal cobria a parte de baixo. Barriga lisa. Peitos redondos como goiabas maduras. Mamilos escuros apontando para mim como se dissessem “e aí, otário?”.
Ela levantou os braços para amarrar o cabelo preto. Sorriu como quem sabe o que está fazendo. Pendurou a toalha.
Virei para a parede. Girei o registro para o mais frio possível. Meu sangue abandonou meu rosto e foi direto para o pau.
“Não posso, não posso”, murmurei, tentando controlar a ereção.
Camila era mais bonita do que nas minhas punhetas mentais. Pele morena. Corpo de mulata carioca. Rosto que faria o Cristo Redentor descer do Corcovado.
Ela é perfeita. Perfeita demais. Pessoas assim não aparecem por acaso na sua vida. Há sempre um motivo, um padrão. Estou observando cada movimento dela, cada micro-expressão. O jeito como ela respira, como seus olhos se movem. Ela planejou isso? Por quanto tempo? O que ela realmente quer de mim?
“Que porra ela está fazendo aqui?”, pensei. Meu coração batia feito um tambor de escola de samba. Precisei de toda força para não ficar de pau duro.
“Robert, me faz um favor?”
Virei. Camila de frente para mim, pelada.
“Pode ensaboar minhas costas?” Ela estendeu um frasco de sabonete.
Peguei a garrafa com a mão tremendo. Camila virou de costas. Lentamente, com uma timidez que não sentia desde que era adolescente, derramei sabão nas mãos. Quando toquei o ombro dela, foi como levar um choque. A pele macia fez meus dedos queimarem de desejo. Passei as mãos pelas costas dela.
“Não fica olhando para minha bunda, Robert!” Camila exclamou. Ela podia sentir meu olhar? Que vergonha.
A pele dela era suave. O sabão tornava tudo mais escorregadio. Enquanto minhas mãos percorriam o corpo de Camila, minha mente vagava.
Ela me escolheu. Entre todos os homens do escritório, ela me escolheu. Isso não é coincidência. Ela deve ter observado minha rotina, estudado meus hábitos. Talvez tenha até mesmo cronometrado minhas corridas. Ela sabe exatamente o que está fazendo. E eu? Eu sou apenas um peão no jogo dela. Mas que jogo é esse?
Por que ela estava fazendo isso? Como seria tocar aquela bunda? Sentir os peitos? Beijar aquela boca?
De repente, Camila virou. Tive que me esforçar para não encarar os peitos.
“Você ainda não terminou de ensaboar minhas costas, Robert. Faz o resto também? Não consigo alcançar com as mãos.”
Obedeci como um cachorro. Coloquei mais sabão nas palmas e esfreguei nas costas dela. Devagar, em movimentos circulares, minhas mãos desceram pela coluna até o fim das costas. Senti ela arqueando, minhas mãos sentindo uma leve inclinação enquanto descia mais.
Será que ela se importaria? Devo tocar ali?
“Isso não são minhas costas, Robert!” Camila me advertiu com voz severa.
“Desculpa. Me desculpa.” Meu rosto ficou vermelho como um pimentão. Desviei o olhar, envergonhado.
Então levantei os olhos de novo. Vi o triângulo entre as pernas dela. Depilado, parecia convidativo. Imaginei como seria entrar naquele templo de luxúria.
Depois meus olhos pegaram os peitos. Firmes. Perfeitamente moldados. Os mamilos escuros decorando-os como pequenas cerejas.
“Ei, você. Meus olhos estão aqui em cima.”
Olhei para cima. Porra, até os olhos dela eram lindos. Um castanho profundo que não via desde que estive em Salvador. Para onde quer que eu olhasse, só via beleza.
Ela é tão perfeita que chega a ser assustador. Ninguém é assim na vida real. Ela está interpretando um papel. Mas qual? O que ela quer? Sexo? Poder? Ou algo mais sinistro? Preciso ficar atento a cada detalhe, cada palavra. As pessoas sempre revelam suas verdadeiras intenções, mesmo sem querer.
“Mas obrigada por me ensaboar, Robert. Muito gentil. Deixa eu retribuir o favor, tá? Vira.”
Camila pegou meu sabonete e espremeu uma quantidade generosa sobre si mesma. Espalhou do pescoço pelos seios e barriga.
Então pressionou-se contra minhas costas. Seu corpo esfregou no meu. Os mamilos provocando enquanto deslizavam pelas minhas costas.
Era demais. Não consegui mais segurar a excitação. Todo meu sangue foi para o pau, deixando-o duro como uma barra de ferro.
Camila alcançou e aplicou sabão nas minhas coxas.
“Suas pernas devem estar cansadas da corrida, né?”
Suas mãos desceram até meu joelho. Então empurrou-as para minhas coxas internas.
Arrepios subiram pela minha espinha. Minha excitação ficou tão avassaladora que pensei em simplesmente virar e pegá-la.
“Cadê? Hmmm, cadê?”, Camila cantarolou enquanto seus dedos subiam pelas minhas coxas internas, chegando cada vez mais perto da minha virilha.
“Hmmm, não tá pendurado entre suas pernas. Ah, achei!”, exclamou quando sua mão agarrou meu pau duro.
“Você tá duro, Robert! O que andou pensando? Que menino malcriado. Sujo e safado. Vou ter que te ensaboar direito.”
O punho de Camila subiu e desceu pelo meu pau.
“Aqui, deixa eu ajudar você a limpar essa sujeira. E as bolas…”, ela apertou, “tão grandes, tão cheias, Robert.”
Deixei escapar um gemido. Aquilo estava mesmo acontecendo? Era um sonho?
Então senti a respiração quente de Camila na minha orelha.
“Sou uma garota suja, Robert, não acha?” Ela lambeu lentamente meu pescoço. “Tão suja. Acho que você tem que me ensaboar de novo. Faria isso?”
Ela soltou meu pau e colocou a boca perto da minha outra orelha.
“Me ensaboe por todo lado, por todo o corpo. E depois vou abrir minhas pernas pra você!”
Com um tapa na minha bunda, ela andou ao meu redor. Sorrindo maliciosamente, colocou o frasco de sabão nas minhas mãos. Então ficou de frente para a parede do chuveiro e me apresentou sua traseira.
“Por todo lado, Robert!”, Camila ordenou.
Não acreditei na minha sorte enquanto colocava o sabão nas palmas trêmulas. Esfreguei lentamente seus ombros, depois desci e agarrei seus peitos. Eram tão firmes quanto imaginei. Provoquei os mamilos duros de Camila com meus polegares, fazendo-a gemer por ar.
“Sei que você adora meus peitos, Robert, não é? Mas tem mais no meu corpo. Quer limpar minhas coxas cansadas?”
Não precisei de mais incentivo. Minhas mãos acariciaram a barriga lisa de Camila antes de agarrar suas coxas perfeitas. Massageei-as e fiquei tão excitado que minha ereção ficou tão grande que tocou a bunda dela.
“Ainda não, Robert. Mas continue. Você tá fazendo um bom trabalho. Por que está hesitando? Sim, todo lugar inclui isso também. Me limpe entre as pernas!”
Esfreguei sua buceta. Seu clitóris devia estar sensível, pois ela recompensou cada um dos meus toques com um gemido mais alto. Então pressionei meus dedos dentro de seus lábios molhados. Molhada de desejo, Camila quase sugou meus dedos para dentro dela.
“Ohh, Robert, isso é tão bom. Mas posso me dedilhar sozinha, preciso que você me limpe.”
Parei de brincar com sua buceta e terminei de ensaboar suas pernas. Então recuei, animado para finalmente foder Camila.
“Quer me foder, Robert? Você conhece o trato. Tem que me limpar por todo lado primeiro.”
Olhei confuso. Não tinha ensaboado o corpo inteiro dela? Das costas aos peitos e até a buceta.
Camila balançou a bunda e sorriu maliciosamente: “Não gosta da minha bunda bonita?”
Sem esperar mais um segundo, agarrei suas nádegas e massageei vigorosamente.
“Bom garoto. Agora me fode!”
Camila abriu as pernas e levantou os calcanhares. Entrei nela por trás. Furioso com a provocação, fodi ela como um animal selvagem. Excitada com seu joguinho, ela recebeu minha ereção dura com prazer.
“Sim, Robert, me fode mais forte. Sim, assim mesmo. Goza dentro de mim. Sim, jorra tudo dentro de mim!”
Jorrei minha porra quente bem fundo dentro dela. Enquanto meu gozo escorria da buceta dela, Camila virou e deu um beijo na minha bochecha.
“Obrigada por me ajudar a ensaboar. Você é um homem tão doce!”
Ela se vestiu rapidamente. Eu ainda estava ali, nu, confuso, com o pau mole e a respiração ofegante.
“A propósito”, ela disse enquanto ajeitava o cabelo, “não se esqueça da reunião com o diretor amanhã. Vou apresentar os resultados da auditoria que fiz no seu departamento.”
Meu sangue gelou. Auditoria? Que porra era essa?
“Que auditoria?”, perguntei, sentindo o pânico crescer.
“Ah, você não sabia? Fui contratada para investigar o desvio de verbas no setor de marketing. Seu nome aparece em vários documentos comprometedores.”
Ela sorriu, mas não era mais o sorriso sedutor de antes. Era algo frio, calculado.
“Mas não se preocupe”, continuou, tirando um pequeno gravador do bolso da bolsa de academia. “Tenho certeza que podemos chegar a um acordo. Afinal, seria uma pena se sua esposa descobrisse sobre nosso… encontro.”
Fiquei paralisado. Esposa? Como ela sabia? Eu tinha escondido minha aliança no bolso antes de correr.
“Você planejou tudo isso?”
“Digamos que eu faço meu trabalho direito, Robert. Tanto na auditoria quanto… em outras áreas.”
Ela piscou e saiu do vestiário, me deixando ali, nu e destruído. O chuveiro ainda jorrava água fria sobre minha cabeça. Mas nada era mais frio que a realidade que acabava de me atingir.
Eu estava fodido. E não da maneira que tinha imaginado.